Entenda a ida de Fábio Câmara para o segundo turno para as eleições 2024 em São Luís; veja a análise

Entenda a ida de Fábio Câmara para o segundo turno para as eleições 2024 em São Luís; veja a análise

O nosso portal traz ao nosso leitor uma reflexão sobre as eleições de 2024 na capital do Maranhão, São Luís

Entenda:

Em novembro do ano passado, São Luís possuía a movimentação de vários pré-candidatos ao cargo de prefeito: Paulo Victor, Dr. Gualhardo, Neto Evangelista, Duarte Júnior, Dr. Yglésio, Edivaldo Holanda Júnior, Carlos Lula, Welington do Curso e o atual gestor Eduardo Braide. No total, eram 9 possíveis candidaturas.

Porém, passados alguns meses, algumas dessas pré-candidaturas ficaram pelo meio do caminho, alguns por não se viabilizarem dentro da própria sigla pretendida, outros, por não serem aceitos pela população.

No caso de Paulo Victor, o famoso “VAI DAR CERTO”, até tinha uma boa estrutura, contando até com o apoio de retribuição do próprio governador; mas devido alguns percalços, não deu certo ainda. Seguindo para o Dr. Gualhardo, ele foi viabilizado pelo Partido Novo, mas o “Novo” nome não deslanchou, o que fez o próprio partido realizar debates internos, abrindo espaço para Dr. Yglésio, e posteriormente, fechando com o deputado Wellington do Curso, que tinha um “padrinho” muito forte: Lahésio Bonfim.

No caso de Neto Evangelista, ainda não houve confirmação de pré-candidatura, algo que pode dificultar seu crescimento, ainda mais por dois fatores: primeiro que sua militância, na última eleição, tinha apoio total do PDT, o segundo fator é que, ele é líder do governo na Assembleia Legislativa, onde o governador hoje tem um pré-candidato.

Edivaldo Holanda Júnior não se viabilizou, nem dentro do próprio partido, nem tampouco com o povo. Apesar do carisma, não conseguiu reverter a rejeição.

Carlos Lula jogou o nome no ar, mas não pegou vento, com seus mais de 27.768 votos, cerca de 4,81% do eleitorado da capital, também não conseguiu transferir os votos do parlamento legislativo para uma possível candidatura ao executivo.

Já o deputado Wellington do Curso segue com sua pré-candidatura, mas com algumas dificuldades, como a possível cassação e pouco tempo de televisão, porém seu partido, agora definido, tem fundo partidário e com uma nominata igualitária e sem vereador de mandato, o que é bastante atrativo aos pretensos vereadores.

Duarte Júnior é o que tem o maior apoio, até mesmo do gestor atual (Eduardo Braide), porém, cabe uma análise específica: na eleição passada, em 2020, Duarte tinha o apoio do ex-governador Flávio Dino, de quem é fiel escudeiro; com apoio da própria máquina, o mesmo amargou apenas 113 mil votos no primeiro turno, algo para refletir, e olha que o mesmo era deputado estadual, estava praticamente todos os dias dentro da cidade.

Yglésio, entre os trancos e barrancos, conseguiu se viabilizar no PRTB, mas o mesmo sabe que é muito arriscado, pois se não conseguir despontar, pode perder o mandato de deputado e também o executivo municipal; conta com uma nominata mediana, mas não tem tempo de televisão para mostrar suas possíveis propostas e projetos, devendo arriscar nas redes sociais.

Depois de todos esses meses, o número de nomes diminuiu, caindo de nove para apenas cinco, Eduardo Braide, que já é nome certo para um possível segundo turno, seguido de Duarte Júnior, que nós acreditamos que não irá despontar, devido às características que colocamos acima e algumas outras, sendo assim, deverá repetir o caminho de Eliziane Gama em 2016, que tinha mais de 40% nas pesquisas e terminou com 6%.

Sem tempo de televisão e sem um grupo político grande, Yglésio não deve ir ao segundo turno, se o voto da ala bolsonarista o acompanhasse talvez conseguisse, mas temos um exemplo prático, o reflexo dos mesmos 25 a 30% que Maura Jorge tinha nas eleições de 2018, e olha que a “onda” Bolsonaro estava muito mais forte.

Wellington do Curso é um dos que pode crescer, já que por duas eleições foi tirado do pleito, uma de vereador, no começo da sua vida pública, e outra nas últimas eleições municipais, quando o ex-senador Roberto Rocha não deu a legenda para a disputa, mesmo estando em segundo lugar em todas as pesquisas. Em 2016, Wellington perdeu para ele mesmo em um debate, algo que ficou marcado no eleitorado da capital. Se conseguir mostrar que hoje está mais preparado, pode surpreender,ele teve 103 mil votos naquele pleito, ficando em terceiro.

Outro nome que acreditamos que pode surpreender é o do ex-vereador e suplente de deputado federal Fábio Câmara, e nós vamos mostrar em números, mas precisamos voltar no tempo, quando o PDT, apoiando Neto Evangelista, alcançou cerca de um pouco mais de 80 mil votos, e em 2016, o próprio opositor a Edvaldo Holanda júnior, o ex-vereador alcançou um pouco mais de 19 mil votos. Se somados com os 80 mil do PDT, Fábio pode chegar aos 100 mil votos, o que o deixaria com déficit de aproximadamente 13 mil votos do segundo turno, totalizando 113 mil, que foi o número exato para Duarte ir para o segundo turno no pleito de 2020, e para demonstrar ainda mais nossa tese e fechar nossa análise, os mesmos 80 mil votos de Neto-PDT, foi exatamente a diferença de Duarte e Braide no segundo turno.

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