Deputado Wellington solicita vinda da CPMI do INSS ao Maranhão para apurar fraudes contra aposentados e pescadores

Deputado Wellington solicita vinda da CPMI do INSS ao Maranhão para apurar fraudes contra aposentados e pescadores



Na sessão plenária desta quarta-feira (3), o deputado estadual Wellington do Curso anunciou que encaminhou ofício ao senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPI do INSS, solicitando a realização de uma audiência externa da CPMI no Maranhão. O parlamentar destacou que o estado apresenta fortes indícios de fraudes contra aposentados, pescadores e beneficiários do BPC, o que exige apuração presencial e escuta direta da população atingida.

Ao se pronunciar, o deputado Wellington reforçou ainda investigações recentes da Polícia Federal, que revelaram descontos ilegais em benefícios de aposentados no município de Raposa e, na “Operação Vovorica”, identificaram 27 benefícios pagos indevidamente, com prejuízo de R$ 1,4 milhão. Para ele, a presença da CPMI no Maranhão é fundamental para dar voz aos segurados e assegurar que os responsáveis sejam punidos:


“ O povo maranhense não pode continuar sendo vítima de fraudes que desviam bilhões e deixam aposentados, pensionistas e pescadores sem o que comer. Isso é desumano, é revoltante e precisa ser combatido com firmeza. Solicitei oficialmente a vinda da CPMI ao Maranhão porque só ouvindo de perto quem sofre é que será possível desmontar esses esquemas e garantir justiça. Não aceitaremos que continuem roubando dos mais pobres. Chegou a hora de dar um basta e de mostrar que o Maranhão não será terra de impunidade”, disse o deputado Wellington.

ENTENDA O CASO:

De acordo com auditoria do TCU, apenas em 2024, 25 mil pessoas receberam seguro-defeso em 43 municípios maranhenses sem registro de produção pesqueira. Maranhão e Pará concentram juntos um terço de todos os beneficiários do país, o que representa mais de 319 mil pessoas. Outro dado alarmante é o descompasso entre cadastros e atividade real: são 590 mil pescadores registrados, mas apenas 621 embarcações cadastradas e nenhuma empresa formal de pesca no estado. Estima-se que os prejuízos ultrapassem R$ 1,5 bilhão ao ano.

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