Maranhense é preso em Jundiaí por tentativa de estupro ; o mesmo já teria aplicado golpe na cantora Mara Pavanelly e vários empresários

Maranhense é preso em Jundiaí por tentativa de estupro ; o mesmo já teria aplicado golpe na cantora Mara Pavanelly e vários empresários

Acusado de aplicar um golpe na cantora pernambucana Mara Pavanelly, destaque no cenário nacional do forró, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, um suposto empresário do ramo de jóias foi preso em Jundiaí, no final da noite desta terça-feira (12), por tentativa de estupro em um bar na avenida 9 de Julho.


A vítima é uma jovem de 21 anos, que disse ter sido abordada pelo acusado ao sair do banheiro feminino. Segundo ela, Edson Otaviano Linhares Neto, 38, natural do Maranhão, a empurrou para dentro do banheiro após passar as mãos em seus seios e pernas, dizendo que, se gritasse, a mataria.


A cliente, que estava sozinha no bar, conseguiu escapar e pedir ajuda ao proprietário. Ela foi auxiliada ainda por uma funcionária, que a levou a uma sala para que pudesse ligar para uma amiga e contar o que havia ocorrido, além de oferecer ajuda médica, que foi negada pela jovem.

O próprio dono do comércio pediu ajuda a policiais militares que passavam pela avenida em atendimento de ocorrência de atropelamento. Ele levantou as mãos para a viatura e relatou o fato após os militares pararem para ver o que estava acontecendo.


Edson foi detido algum tempo depois. Sobre a acusação, negou ter atacado a mulher e disse ter ido duas vezes ao banheiro masculino, sem encontrar ninguém no caminho. Alegou ainda que pediu uma cerveja e um drink, e que pagou uma bebida a uma moça que estava em uma das mesas.


Segundo o acusado, enquanto tomava seu drink, o proprietário do bar se aproximou e disse que era para ele pagar a conta e ir embora, já que uma cliente o havia denunciado por tentativa de estupro e que os parentes da mulher estavam chegando, podendo mesmo agredi-lo caso o encontrassem.

Flagrante
O caso foi apresentado à Polícia Civil, que resolveu ir até o comércio para analisar as câmeras de segurança. Para garantir a versão da cliente, o delegado Tiago Vieira Oliveira teve acesso as imagens e decidiu prender Edson em flagrante por tentativa de abuso sexual.


O delito de estupro é previsto pelo artigo 213 do Código Penal, com pena de até 10 anos de reclusão. Por ser inafiançável, o acusado foi recolhido em uma cela do Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista para aguardar audiência de custódia, num prazo de até 24 horas da prisão em flagrante.

Cantora de forró
Dona do sucesso “Cornetão”, hit do carnaval de 2020, Mara Pavanelly fez um desabafo em sua rede social contra Edson. Ela contou que estava em um restaurante em Fortaleza quando foi abordada pelo acusado, que se disse proprietário da empresa Prime Jóias, com sede em São Luís, no Maranhão.
“Pediu para ver minhas alianças, e logo de início criticou o trabalho de quem as havia feito.

Me prometeu como cortesia, pelo simples fato de admirar o meu trabalho, fomentá-las… ficou de entregá-las no máximo em 3 dias úteis, de lá até hoje, venho sendo enganada e lesada com as desculpas mais descabidas possíveis e imagináveis”, disse.


Segundo a cantora, a postagem foi feita cinco meses após o ocorrido, época em que ainda não havia recebido de volta as alianças. Ela não chegou a informar prestou queixa ou não à polícia.

Dívida de R$ 130 mil
Edson também está sendo processado por uma moradora de São Paulo, que pretende receber R$ 130 mil emprestados ao suposto empresário no decorrer de 2020.


Ela alegou ter conhecido o acusado por meio de uma amiga e, a partir daí, mantido um relacionamento de amizade com ele, com quem tinha interesses em comum, incluindo negócios.


Segundo a mulher, por diversas vezes Edson a procurou para pedir ajuda financeira, sendo que, em algumas oportunidades, emprestava ao acusado por meio de transferências ou entregava dinheiro em espécie.


Ao perceber que os valores emprestados já beiravam os R$ 130 mil, pediu para que o amigo assinasse uma confissão de dívida, o que foi aceito por ele. No entanto, no dia do vencimento combinado, nenhum valor foi pago, tendo o acusado apenas prometido pagar, sem cumprir o acordado.


Ela relatou começou a desconfiar do acusado e descobriu, pela internet, um suposto golpe aplicado por ele contra Mara Pavanelly. Comentou ainda que Edson mantém um perfil no Instagram no qual “esbanja uma vida financeira luxuosa… além de portar relógios de grife” e fotos com “famosos”, destacando uma imagem em que o acusado posa com o jogador de futebol Daniel Alves.


O processo ainda tramita pela 19ª Vara Cível de São Paulo. Ao ter aceito o pedido da autora de bloqueio e penhora on-line, a Justiça encontrou pouco mais de R$ 2 mil reais na conta do executado. Ele também não se manifestou em nenhum momento nos autos para se defender.

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