Ao todo, oito contratos que juntos somam R$ 11,4 milhões de reais serão pagos à Editora Cactus, a R. Oliveira  Comércio e Serviços Educacionais, com sede em Fortaleza, empresa que deverá fornecer livros aos alunos matriculados na rede municipal de ensino.

O valor, com liquidação datado desta quarta-feira (04), impressiona, principalmente pela atual situação da educação no município.

Para se ter uma ideia, no ranking das empresas que receberão os maiores valores este ano, a editora cearense aparece na sétima posição, ficando atrás apenas dos contratos milionários com os Instituto Salus Vita, da Bahia, com previsão de receber R$ 15 milhões; SJR Iluminação do Futuro, com previsão de R$ 15,3 milhões de reais; Ciano, com previsão de R$ 19,6 milhões de reais; Instituto IDG, com previsão de R$ 21 milhões; Instituto de Gestão Estratégica de Projetos, com previsão de R$ 24,7 milhões de reais e o Instituto de Saúde e Educação do Nordeste, que ocupa a primeira posição, com previsão de R$ 46,3 milhões de reais.

Com todo esse dinheiro em jogo, pais e mães de alunos acumulam reclamações da falta de livros e fardamentos nas escolas.

A Câmara de Vereadores, presidida pela vereadora Francimar Jacintho, aliada de confiança do prefeito Dr. Julinho (Podemos) e do seu filho, Júlio Filho (PL), pré-candidato a deputado, segue inerte.

Francimar e pai, nos finais de semana, atuam como cabos eleitorais de Júlio Filho, acompanhando-o em eventos em povoados e cidades vizinhas.

O contrato com a empresa cearense foi realizado por meio de inexigibilidade de licitação, quando dispensa a competição entre fornecedores, mediante justificativas que demonstrem a impossibilidade de concorrência.

Para evitar fraudes e prejuízos aos ribamarenses, o caso deve ser investigado pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas do Estado.