Desespero ou interesse? Vereadores de Ribamar pedem aprovação de parecer da CCJ a qualquer custo
Na sessão ordinária da última terça, dia 23, alguns vereadores de São José de Ribamar ligados à gestão entraram em “desespero”, querendo aprovar, à qualquer custo, a nova reforma administrativa, que elevará o número de secretarias e cargos.
Para se ter uma noção, o município já alcançou a meta de 51,8% dos 54% permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, entretanto, as contas estão no vermelho, segundo o site do Tribunal de Contas do Estado. Vale ressaltar que aliados da gestão dizem que não haverá impacto financeiro, mas a folha já bate quase seu limite e, até o momento, mesmo com recomendação do Ministério Público ( Fiscal da Lei ), nenhum concurso público foi anunciado pela administração.
Existem também os empréstimos que foram aprovados, totalizando 70 milhões, fora os juros, ou seja, o município de São José de Ribamar estará abarrotado de pagamentos, com garantias da União, para os próximos anos.
Outra situação que chamou atenção, é que os vereadores da base, não usam de tanta veemência para solucionar os problemas dentro das comunidades, para aprovar outros projetos e, principalmente, solucionar ofícios enviados à administração, mostrando assim que há caroço nesse angu.
Alem disso, os parlamentares ligados à gestão dizem que haverá um remanejamento de verba, uma forma de tirar de um lado e colocar de outro, sem prioridades e sem transparência, pois não se há detalhamento preciso de onde foram aplicados os gastos ou investimentos do primeiro empréstimo, o que se consegue buscar no portal de transparência são apenas repasses, para determinadas empresas, onde já mostramos aqui que parece ter um direcionamento, pois só uma tem empenhos na casa dos quase 50 milhões de reais, mas isso é assunto para outras matérias.
O que podemos esperar e perceber, é que deve haver uma fiscalização mais eficaz do MP (Ministério Público) e do TCE (Tribunal de Contas do Estado), haja vista que a câmara parece mais preocupada em onerar o município, do que fiscalizar as ações do executivo, pelo menos, quando os vereadores ligados diretamente à gestão estão envolvidos.